O Acalabrutinibe faz parte dos inibidores da tirosina quinase de Bruton (iBTK), uma classe de medicamentos utilizados principalmente no tratamento de Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), LCM, e Macroglobulinemia de Waldenström (MW). Os iBTK já se provaram fundamentais para o tratamento destas neoplasias hematológicas, capazes de impactar positivamente na qualidade de vida dos pacientes, e principalmente, na sobrevida global, porém também estão associados a efeitos colaterais cardiológicos.

Entre os principais efeitos estão a fibrilação atrial, e a hipertensão arterial. Para mitigar estes riscos, e aumentar as chances de aderência ao tratamento indicado, é importante que os pacientes em uso de iBTK tenham um cronograma de monitorização cardiovascular, contendo avaliação clínica de sinais de alteração do coração, avaliação da pressão arterial, realização de eletrocardiograma, e em casos individualizados, outros exames de imagem do aparelho circulatório.

Comorbidades cardiológicas limitam e/ou contraindicam a implementação do tratamento necessário, assim como terapias oncológicas podem ser o fator precipitante de alguma alteração cardiovascular. O assunto é tão importante que desde de 2020 existe a Diretriz Brasileira de Cardio-oncologia, e em 2022 foi lançada a Diretriz Europeia de Cardio-oncologia.