O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o subtipo mais comum de linfoma não-Hodgkin, representando aproximadamente 30-40% dos casos. Caracteriza-se pela presença de células B grandes e malignas que se distribuem de forma difusa nos linfonodos ou em tecidos extraganglionares. Clinicamente, o LDGCB pode se manifestar com linfadenopatia, sintomas sistêmicos como febre, sudorese noturna e perda de peso (sintomas B), e envolvimento extranodal que pode afetar qualquer órgão.
A taxa de cura em primeira linha de tratamento do LDGCB pode chegar a 70% em pacientes sem fatores de mau prognóstico, resultados que tem como pedra angular o uso do anticorpo monoclonal Rituximabe, droga que revolucionou o tratamento dos linfomas CD20+ no início dos anos 2000. E apesar dos resultados animadores em primeira linha, os pacientes portadores casos recidivados/refratários até pouco tempo se viam órfãos de estratégias que impactassem em seu prognóstico significativamente. Esse cenário mudou com a chegada das terapias CAR-T e dos anticorpos monoclonais biespecíficos.
O Epcoritamabe é um anticorpo biespecífico que se liga aos marcadores celulares CD3 e CD20 que veio para mudar o paradigma de tratamento do LDGCB.